O que o Leandro fala aqui é tudo que sinto a respeito! Pérolas: "eu sofro mais preconceito por ser vegetariano do que por ser gay". "Alface?!!! eu nem sou tão chegado em alface". "ser vegetariano é uma jornada dolorosa"; "mas frango você come né?" "nem peixe?" (wtf???)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
É sobre o amor verdadeiro estes pensamentos. Você poderia mover
o céu e a terra. Você poderia andar quilômetros e nunca parar de querer. O
verdadeiro amor é quando você morreria por alguém, sem titubear. Hoje em dia é
difícil acontecer ou sempre foi.
As pessoas de um modo geral criticam os
relacionamentos, são imediatistas, querem o sexo e não o romance. Querem o
resultado e não a jornada.
Mas há alguns loucos com coragem para amar até
exaurir o coração. Eu quero crer que pertenço a essa classe de gente que
acredita no amor, que vive e respira o amor, sempre.
Existe um filme
alternativo “In July” que em essência pode ser resumido na frase que a protagonista
lança e que gostaria de ouvir:
Meu grande amor, viajei por quilômetros, atravessei rios e
movi montanhas. Sofri e suportei agonias, resisti a tentações, segui o sol e
por isso estou perante você, para dizer eu te amo.
Eu sempre penso sobre o caminho que estou trilhando no momento. Para mim, descobrir o caminho que devo trilhar e fazê-lo sem arrependimentos está longe de ser algo fácil. Sei que cada decisão que tomo muda radicalmente o meu futuro. E se eu não tivesse feito tal coisa? Estou tão inexoravelmente aqui, sem ter certeza de absolutamente nada. Afinal, nada é fácil, se fosse talvez não fizesse muito sentido. Sempre penso "e se"... Mas "e se" não traz nenhum resultado. Além disso ninguém nos disse que essa jornada seria fácil. Cada passo um novo rumo, um novo horizonte...
Vista da avenida no centro histórico da Cidade do México Fonte: arquivo pessoal, 2012