segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Respondendo para a bloguer Cinthia Artea! TAG Liebster award

Olá blogueiras!
Fui indicada por Cinthia e continuo com a TAG. Funciona assim: eu respondo às perguntas de quem me indicou, conto 11 fatos a meu respeito e faço 11 perguntas para as blogueiras que vou indicar no final. 


1 . Minhas respostas:
1-como surgiu a vontade de criar o blog?
Em algum momento juntei fotos e as histórias que vivi no México, comecei a colocar em um blogue e meio que viciei...

2-qual o maior sonho já conquistado?
A minha profissão.

3-o que faz nos fins de semana?
Trabalho, escrevo, tenho momentos de puro ócio... De tudo um pouco.

4-qual sua blogueira favorita?
Bah, difícil... Eu gosto muito da Dany (Janete Sales). 

5-o que espera ser daqui a 10 anos?
Ser mais calma, mais serena, mais feliz.

6-qual lugar gostaria de morar?
Numa praia deserta...

7-sua maior qualidade ?
Sou amiga.

8-seu maior defeito?
A teimosia.

9-qual sua musica favorita?
Hoje é Relight my fire com Lloyd Wade e Take That

10-o que espera do seu blog?
Crescer e permanecer navegando nos mares da internet.

11-o que mudaria na sua vida se pudesse?
Todas as dificuldades (é claro).




As perguntas para vocês blogueiras maravilhosas!

1-Conte a história de seu blog?
2-Diga seu Top 5 músicas?
3-Diga seu Top 5 filmes?
4-Quantos melhores amigos você tem?
5-Qual a maior loucura que já fez? (essa peguei do meu questionário de adolescente...)
6- Quais os lugares (ou o lugar)  que mais gosta de estar?
7- O que é felicidade ?
8- O que é o amor ?
9- Você ama alguém?
10- Você é feliz?
11- O que falta para sua felicidade ser completa?


11 fatos sobre mim

1- sou teimosa, sou teimosa, sou teimosa, sou teimosa...
2- meu sonho é escrever um livro (assim como você Cintia!)
3- sou cinéfila
4- sou exibida, mas não tenho nariz empinado
5- eu amo o mar, o oceano refaz meu espírito
6- Eu gosto de aventuras
7- Gostaria de saber pedir desculpas
8- Sou criançona muitas vezes
9- Nunca esqueço um amigo, até os que desapareceram há anos...
10- Trabalho bem sob pressão
11- Ainda quero mudar o mundo


Blogues indicados:

1. Gabriela Silva do blogue: http://diariosolelua.blogspot.com.br/
2. Maria da Luz Branca do blogue: http://luz-e-scuridao.blogspot.com.br/
3. Alessandra Bispo do blogue: http://curtindoemcasa.blogspot.com.br/
4. Diana Pereira do blogue: http://gifsdadi.blogspot.com.br/
5. Toda Rosa do blogue: http://blogtodarosa.blogspot.com.br/
8. Marina Cortez do blogue http://vaiapertaoplay.blogspot.com.br/
9. Maria de Lourdes do blogue http://www.aempregadadomestica.com.br/
10. Juliane Rodrigues do blogue http://alevezadaspalavrasss.blogspot.com.br/
11. Estela do blogue http://www.blogdaestela.com.br/

Agradeço à Cinthia Artea!
Sejam felizes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Das coisas (vídeos) do You Tube que vi e gostei!

    Das coisas do You Tube que vi e gostei! Ou sobre como as aparências enganam.



    Bom sempre pensar no lado do outro... 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Coerência e Gandhi Ji: podemos mudar de opinião

"A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade". 
Disse o mestre Gandhi e viveu daquela maneira... 


Conceitos, ciência, ambientes e pessoas mudam, mas temos o sagrado direito de sermos mais do que uma opinião, de evoluirmos, de melhorarmos como seres humanos.
Feliz sábado!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Morrer de amor?

Talvez essa seja uma expressão exagerada, mas a síndrome do coração partido tem seus sintomas comprovados. 
Nos desencontros amorosos é comum dizer que, pelo menos, um dos envolvidos saiu com o coração partido. O que pouca gente sabe é que, literalmente, isso realmente pode ter ocorrido. 
Uma grande tristeza, como a separação de um casal apaixonado, pode ocasionar uma disfunção no coração, conhecida como síndrome de Takotsubo ou, mais popularmente, síndrome do coração partido. 
A doença, muito parecida com o infarto do miocárdio, é causada por um excessivo estresse ligado a emoções muito fortes, como brigas, cirurgias, quimioterapia ou tristezas profundas, entre várias outras. 
"As causas da doença ainda não são totalmente compreendidas, mas o estresse emocional pareceser o desencadeador da síndrome, ou pelo menos cumpre um papel importante na doença", explica ocardiologista João Vítola, especialista em Medicina Nuclear, que coordena um estudo sobre a doença, em Curitiba. O nome origina-se do formato que assume o ventrículo esquerdo após a crise, que lembra o Takotsubo, pote de barro japonês. 
Também conhecida como cardiomiopatia de estresse, a doença tem uma incidência maior em mulheres. Mas não se preocupe tanto agora. O problema vai aparecer mais para frente no período após a menopausa. Isso, provavelmente, por conta dos baixos níveis de estrógenos, sugerindo que esse hormônio possa ser um protetor contra a síndrome. 
De acordo com Vítola, a doença provoca uma disfunção no ventrículo esquerdo, que pode chegar a causar choque cardiogênico (falha grave da capacidade de bombeamento do coração) e arritmia ventricular, podendo levar à morte. 
Os principais sintomas são dor e aperto no peito e, em algumas vezes, dificuldade em respirar. Quando são feitos os primeiros exames, o cardiologista atesta que o paciente apresenta alteração no eletrocardiograma e elevação de enzimas cardíacas, sintomas típicos do infarto agudo do miocárdio. 
Por causa de todas essas similaridades, são indicados alguns exames específicos. A cintilografia cardíaca com MIBG, um exame de medicina nuclear, faz um mapeamento para demonstrar as áreas disfuncionais do coração e confirmar o diagnóstico da síndrome. 
A mortalidade provocada pela doença sem o diagnóstico é desconhecida. "Para os pacientes que chegam ao hospital a mortalidade não passa de 1%", completa João Vítola. 
Portanto, tome cuidado ao esnobar aquele ser apaixonadinho que não larga do seu pé ou na hora daquela briguinha de casal. As consequências podem ser mais profundas do que você imagina. 
Por: Valéria Queiroz




Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090505170308AAHwapB

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fernando Pessoa, o fatalismo da vida: "Sem ti correrá tudo sem ti"

Se te queres matar

Se te queres matar, porque não te queres matar? 
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, 
Se ousasse matar-me, também me mataria... 
Ah, se ousares, ousa! 
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas 
A que chamamos o mundo? 
A cinematografia das horas representadas 
Por actores de convenções e poses determinadas, 
O circo polícromo do nosso dinamismo sem fim? 
De que te serve o teu mundo interior que desconheces? 
Talvez, matando-te, o conheças finalmente... 
Talvez, acabando, comeces... 
E de qualquer forma, se te cansa seres, 
Ah, cansa-te nobremente, 
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, 
Não saúdes como eu a morte em literatura!

Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente! 
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... 
Sem ti correrá tudo sem ti. 
Talvez seja pior para outros existires que matares-te... 
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...

A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado 
De que te chorem? 
Descansa: pouco te chorarão... 
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, 
Quando não são de coisas nossas, 
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, 
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...

Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda 
Do mistério e da falta da tua vida falada... 
Depois o horror do caixão visível e material, 
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali. 
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas, 
Lamentando a pena de teres morrido, 
E tu mera causa ocasional daquela carpidação, 
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas... 
Muito mais morto aqui que calculas, 
Mesmo que estejas muito mais vivo além...

Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova, 
E depois o princípio da morte da tua memória. 
Há primeiro em todos um alívio 
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido... 
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente, 
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste. 
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente: 
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste; 
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada. 
Duas vezes no ano pensam em ti. 
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram, 
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos... 
Se queres matar-te, mata-te... 
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!... 
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera 
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor? 
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida? 
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem. 
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes. 
És tudo para ti, porque para ti és o universo, 
E o próprio universo e os outros 
Satélites da tua subjectividade objectiva. 
És importante para ti porque só tu és importante para ti. 
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido? 
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces, 
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?

Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? 
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: 
Torna-te parte carnal da terra e das coisas! 
Dispersa-te, sistema físico-químico 
De células nocturnamente conscientes 
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos, 
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, 
Pela relva e a erva da proliferação dos seres, 
Pela névoa atómica das coisas, 
Pelas paredes turbilhonantes 
Do vácuo dinâmico do mundo...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Começar sempre

Algumas máximas da vida, como não desistir nunca e sempre estar pronto para recomeçar. Com essa mensagem quero iniciar o blogue este ano.
Deixando para trás o que não deu certo e querendo esperança de um futuro sempre melhor.
é por aí...

Feliz 2015!


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Conto: A princesa que foi educada como um homem

(conto indiano, muito interessante)
Em Manapur existiu uma vez um rei que não teve nenhum filho homem. Como precisava de um herdeiro para o trono, resolveu educar sua única filha como se fosse um menino. A princesa Chitrangada não era bonita, muito pelo contrário. E como desde a mais tenra idade acostumou-se a manejar o arco e a flecha, a cavalgar pelos bosques com roupas masculinas caçando junto com os homens seus modos, costumes, gostos e sonhos nem de longe se assemelhavam ao que se esperaria de uma princesa de sangue real.
Naquele tempo, os Pandava tinham sido expulsos de seu reino pelos seus primos, os Kaurava, que tomaram o lugar dos primos banidos e se proclamaram reis. O grande guerreiro Arjuna era conhecido como o mais belo aventureiro dos Pandava, e seus feitos heroicos eram cantados por toda a parte. Enquanto as jovens do palácio de Chitrangada ficavam imaginando a beleza de Arjuna, a princesa só prestava atenção aos relatos de sua bravura e encantava-se com sua habilidade de atirar uma flecha com os olhos fechados e, ainda assim, acertar o alvo.
Mas, ao mesmo tempo, coisas horríveis aconteceram durante o exílio dos Pandava na floresta. Muitos bandidos se aproveitaram da briga entre os primos rivais e começaram a invadir e saquear as aldeias nas redondezas espalhando o terror por toda a parte. Para defender o reino de Manipur, Chitrangada montou seu cavalo e passou a comandar o pequeno exército de seu pai. Logo ela foi aclamada por sua coragem, por sua habilidade de guerreira, por sua perseverança. O povo a adorava e confiava nela cegamente. Os inimigos a temiam. O tempo foi passando e, enquanto as jovens do palácio realizavam suas festas de casamento, a princesa Chitrangada tornava-se cada vez mais hábil na caça, na luta, nas decisões no conselho de ministros e nos tribunais. Cada vez mais feia e embrutecida, ela não se lembrava, e ninguém se lembrava também, de que havia nascido mulher.
Um dia, cavalgando por um bosque acompanhada de alguns guerreiros, ela viu um homem dormindo à sombra de uma árvore, coberto dos pés à cabeça com seu manto. Sem descer do cavalo, ela cutucou o pé do homem com sua lança. Em um único movimento ele se levantou e armou sua flecha na direção de quem o havia atacado. Encontrou o olhar zombeteiro de Chitrangada que o encarava com um riso de deboche. Mas, em seguida, ele abaixou sua arma e disse simplesmente:
- Eu jamais lutarei com uma mulher, por mais que ela se pareça com um homem.
Enfurecida, ela retrucou:
- Com certeza você não é do meu reino, senão saberia que sou capaz de lutar melhor que um homem. Quem é você?
- Meu nome é Arjuna - ele respondeu tranquilamente.
- Arjuna, o Pandava, banido de seu reino? O grande herói de quem tenho ouvido as aventuras mais inacreditáveis?
Chitrangada quase perdeu a respiração diante daquele que admirava mais do que ninguém no mundo.
 - Eu mesmo - ele respondeu - E se você pretendia lutar comigo, pode perder as esperanças. Decidi viver como um ermitão durante um ano nesta floresta. Assim, nem com suas armas e muito menos com seus dotes femininos você seria capaz de me vencer - ele disse com um sorriso irônico, embrenhando-se pelo mato, desaparecendo rapidamente dentro da floresta.
   Naquele momento, a princesa Chitrangada perdeu a noção do tempo e do espaço, da razão e do dever. Guiada pelo redemoinho de fogo que se apoderou de seu coração, galopou feito louca na direção do palácio, correu para seus aposentos e lá se trancou. Com gestos febris, suas mãos agitadas foram arrancando uma por uma suas roupas de homem. Ela procurou nos baús empoeirados as vestes e ornamentos que tinham sido de sua mãe, e foi se cobrindo desajeitadamente com um sári dourado, colares, anéis, pulseiras, enfeitou os cabelos e dirigiu-se para o espelho, cheia de ansiedade. A imagem que ela viu a deixou horrorizada.
 - Como posso agradá-lo com meus encantos de mulher? Eu sou muito, muito feia - ela disse chorando, enquanto abraçava sua ama, que sempre cuidara dela, desde menina.
 - Mas princesa, o que foi que aconteceu? Eu nunca a vi dessa maneira, tão desamparada. Você tem enfrentado os inimigos mais ferozes, vencendo todos os desafios com a bravura de um homem.
 - É justamente essa bravura que não me serve de nada agora - disse a princesa soluçando - É o que menos vai me ajudar a conquistar o homem que amo.
 - Se entendi direito, acho que posso ajudá-la - disse a ama docemente - Faça o que deve ser feito. Você precisa ir até o templo do Amor na entrada da floresta, e diante do altar pedir à Deusa que a torne bela, por um ano que seja.
A princesa parou de chorar e, animada com aquelas palavras, saiu correndo para o templo. Lá dentro não havia ninguém. Ela ajoelhou-se diante do altar e, com a cabeça voltada para o chão, disse baixinho:
 - Por um ano, por um ano apenas, eu quero ser jovem e muito bonita.
Enquanto repetia seu desejo, sem cessar, ela foi se deixando embalar pela cadência de sua voz, pelo perfume das flores e do incenso espalhados pelo templo, e acabou adormecendo.
   Quando um raio de sol iluminou seu rosto na manhã seguinte, ela abriu os olhos devagar e demorou um pouco para entender onde estava. A primeira coisa que sentiu foi uma vaga alegria. Uma leveza envolvia seu corpo e sua alma, sem que ela soubesse por quê. Ao apoiar a mão no chão para levantar-se, que mão era aquela, pequena, delicada e branca como a de uma donzela do palácio? Surpresa, ela caminhou até a fonte na entrada do templo. Maravilhada, demorou para acostumar-se com a mulher que viu refletida no espelho de águas límpidas. Aquela jovem vestida com o sári dourado e joias que realçavam suas formas perfeitas, encantadora e suave como um botão de rosa na primavera, era ela mesma?
   A felicidade escapou de seu peito num canto delicado de agradecimento à Deusa. E a voz da princesa que cantava nem de longe lembrava o timbre áspero da guerreira Chitrangada.
   A jovem foi se embrenhando para dentro da floresta, com o coração cheio de esperança. Depois de um tempo ela encontrou Arjuna, sentado numa clareira, de olhos fechados meditando. O som dos guizos nos pés da jovem anunciaram sua presença, e Arjuna abriu os olhos. E o que aconteceu naquele momento, nem mil palavras de um contador de histórias seriam capazes de relatar direito. As juras de amor que Arjuna e a princesa Chitrangada trocaram, extasiados um com o outro, ficaram gravadas para sempre na terra daquele chão, no céu azul daquele lugar. Para sempre eles queriam ficar juntos. E desejaram que o tempo parasse.
   Mas o tempo não parou. A princesa disse a Arjuna que se chamava Jaya. Com esse nome encantou-o como uma fada e amou-o como uma mulher durante dias, semanas, meses. Ao mesmo tempo, enquanto vivia cada minuto de felicidade junto daquele homem magnífico, a princesa não se esquecia que o ano se escoava e que o dia de seu prazo final se aproximava cada vez mais.
   Até que esse dia chegou e, quando Arjuna acordou, Jaya não estava ao seu lado. Lá fora ele ouviu vozes que se aproximavam da clareira onde moravam. De repente, chegaram muitas pessoas a pé, a cavalo, camponeses e soldados, procurando pela princesa Chitrangada. Eles traziam um enorme cavalo negro, ricamente ajaezado, e sobre a sela do cavalo, havia um arco, flechas e roupas de homem.
 - O que vocês fazem aqui? - perguntou Arjuna.
 - Depois que a nossa princesa desapareceu - respondeu um homem - os bandidos têm incendiado nossos campos e nossas aldeias. Nós precisamos encontrá-la, antes que eles cheguem à capital do reino. Só ela poderá nos salvar como sempre fez antes de seu desaparecimento.
Ele não conseguiu terminar de falar, pois um murmúrio exaltado tomou conta de todos. Eles olharam na direção da gruta, levantaram os braços agitados e gritaram:
 - Chitrangada, finalmente a encontramos!
Arjuna virou-se e viu uma mulher horripilante, ossuda e desengonçada, vestida com um sári dourado.
 - Quem é você? - perguntou - Nessa gruta vivo com Jaya, minha mulher. Onde ela está?
Com uma voz grave e áspera, Chitrangada respondeu:
 - Ela continua viva, no fundo do meu coração.
E sem dizer mais nada, ela olhou Arjuna com os mesmos olhos negros e brilhantes que iluminavam o rosto de Jaya, e correu para seu cavalo. Vestiu as roupas de homem que a esperavam, saltando sobre a sela, Então Arjuna lembrou-se daquela mulher guerreira que uma ano atrás o havia desafiado cutucando seu pé com a lança.
   A princesa esporeou o cavalo e saiu em disparada enquanto as pessoas a aclamavam. Arjuna montou em outro cavalo e a seguiu. Juntos combateram com bravura e venceram os exércitos dos bandidos. Nas aldeias, o povo festejou por dias seguidos, com danças e cantos. Enquanto Arjuna e a princesa retornavam lado a lado pelo caminho, chegavam à beira da floresta onde tinham vivido por um ano inteiro.
Arjuna entendeu que continuava a amá-la, e estendeu a mão para que juntos entrassem na floresta. A princesa Chitrangada sorriu, com os mesmos olhos negros e brilhantes que Arjuna conhecera no rosto de Jaya e lhe disse:
   - O que resta da bela mulher que viveu na gruta dom você é o mais importante. Aquilo que está guardado dentro do nome Jaya, que quer dizer "vitória".
   Na verdade, ela já nem era mais tão feia quanto antes.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quando a vida te dá um limão...

Não é um texto motivacional. Apenas para contar como eu atravesso os piores dias. Quando penso que 'em tese' nada mais pode piorar, imagina o que acontece? Então sempre que sinto que as coisas não estão indo no melhor dos caminhos eu simplesmente paro. Observo (com o limão na mão), penso em alternativas, tomo as ações necessárias... enfim, faço o que me ensinaram: produzo a limonada e vou saboreando devagar. 
Outra coisa que acompanha bem o suco de limão é a passagem bíblica (não estou conclamando religião!!! trata-se apenas de uma citação): 

 Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. [...] Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Eu, contudo, vos asseguro que nem Salomão, em todo o esplendor de sua glória, vestiu-se como um deles...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sobre a morte de Bolaños (Chaves)...

Quando estive no México, muita coisa remetia ao Chaves, personagem de Bolaños. Os mexicanos de modo geral demonstram extrema afeição pelo 'El chavo del 8' e com certeza foi uma estrelinha que se apagou aqui e está brilhando lá em cima.Pragmaticamente, pesquisando um pouquinho, parece que cada episódio rendeu mais de um milhão de dólares para a família Bolaños. O que traz uma recompensa para um trabalho de diversão que nunca agrediu o seu público, ao contrário, trouxe muita alegria.

Ao visitar Vera Cruz, descobrimos que há um museu de cera, com estátua do Chaves, entre outras personalidades de peso mexicanas.
Então, quando você for ao México, se puder, passe no museu de cera na cidade de Vera Cruz, para tirar fotos com o Chavito e matar um pouco a saudade...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Outra citação: irmãos Wachowski do filme Matrix

Por que, Sr. Anderson? Por que, por quê? Por que você faz isso? Por que, por que se levantar? Por que continuar lutando? Você acredita que você está lutando ... por alguma coisa? Por mais do que sua sobrevivência? Você pode me dizer o que é? Você sabe mesmo? Será que é liberdade? Ou verdade? Talvez paz? Poderia ser por amor?  Ilusões, Sr. Anderson. Caprichos da percepção. Construções temporárias de um intelecto humano frágil tentando desesperadamente justificar uma existência sem sentido ou propósito. E tudo tão artificial quanto a própria Matrix, embora ... só uma mente humana poderia inventar algo tão insípido como o amor. Você deve ser capaz de ver isso, Sr. Anderson. Você deve saber disso agora.Você não pode vencer. É inútil continuar lutando. Por que, Sr. Anderson? Por quê?Por que você persiste?...

Das melhores citações de Nietzsche ou seria ele narcisista?

No final será como sempre foi: as grandes coisas para os grandes, os abismos para os profundos, as branduras e tremores para os sutis e, em suma, tudo que é raro para os raros.

In the end it must be as it is and always has been: great things remain for the great, abysses for the profound, nuances and shudders for the refined, and, in brief, all that is rare for the rare.
― Friedrich Nietzsche


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Love of my life: uma carta de amor



A letra é linda:

Love of my life, you've hurt me
You've broken my heart and now you leave me
Love of my life, can't you see?
Bring it back, bring it back, don't take it away from me
because you don't know what it means to me...

Love of my life don't leave me
You've taken my love and now desert me
Love of my life, can't you see?
Bring it back, bring it back, don't take it away from me
because you don't know what it means to me...

You'll remember when this is blown over,
and everything's all by the way
When I grow older, I will be there at your side to remind you
how I still love you, I still love you...

please bring me back home to me, because
you don't know what it means to me

Love of my life,
love of my life...

Link: http://www.vagalume.com.br/freddie-mercury/love-of-my-life.html#ixzz3Kfp6w6o7




domingo, 30 de novembro de 2014

Mandela e a linguagem

"Fale com um homem em uma linguagem que ele entende, e isso vai para a sua cabeça. Fale com ele na sua própria linguagem, e isso vai para o seu coração."
-- Nelson Rolihlahla Mandela


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Fernando Pessoa até enjoar...


Tudo é ilusão. NIHIL. Nada.  Mas e se nada é por acaso, perdoem o lugar-comum, como eu não percebi isso antes? Religiões, afinal o que elas têm (ópio do povo, né Marx?) com a minha vida. Não cria em nada. E agora há misticismo em tudo o que vejo...


ULISSES - Fernando Pessoa
O mytho é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mytho brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.

Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre*.

"Olhar pro outro lado não transforma a realidade, apenas demonstra egoísmo e covardia": Eduardo Marinho e a sociedade

"Aberração. Uma sociedade injusta, uma vergonha pra quem tiver vergonha. Olhar pro outro lado não transforma a realidade, apenas demonstra egoísmo e covardia. É fácil entender o que acontece e porque acontece - basta querer. A dificuldade é esta, querer, porque estamos ameaçados e temos medo. Mais fácil e mais recomendado é ser egoísta e indiferente, mas isso mata a alma, estraga o que o ser humano pode ter de melhor e mais bonito, a solidariedade." By Eduardo Marinho


Quem quiser, espia o material desse artista único: http://observareabsorver.blogspot.com.br/

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ninguém existe sem a presença do outro: escritos do passado e pensamentos atuais

Ninguém quer ser levantado do chão por outro. Todos acham que podem levantar sozinhos. Mentira!
 Ninguém existe sem a presença do outro. O próximo. Mas que próximo é esse que está tão distante? [A distância merece um capítulo para si...] Se existo em função do outro e se não estou nem aí pro outro, diabos, EU NÃO EXISTO! Como é difícil sair da frente do espelho...
Como na letra de Tom Jobim*


* Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda, o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Da primeira vez era a cidade
Da segunda, o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Manifesto por um mundo mais lento: obra de Pedro Rios Leão

Manifesto por um mundo mais lento é um testemunho valioso sobre nosso tempo, sobre a realidade cotidiana de nosso mundo, sobre o que se passa na nossa política e sociedade e sobre o que se passa na cabeça e no coração de um homem de nosso tempo. Mas o livro de Pedro, além de ser um livro de nosso tempo, é também um livro sobre questões eternas. Antes de ser um homem de nosso tempo, Pedro Rios Leão é um homem. E continuar a ser um homem, continuar a ser humano, é algo verdadeiramente subversivo nos tempos de Pedro. Por isso, as tão pessoais cartas de amor que compõem a terceira parte do livro são tão importantes e “políticas” quanto os ensaios políticos e poesias engajadas. Esses e-mails e cartas apaixonadas podem ser comparadas nalgum grau aos Cânticos de Salomão, os poemas cheios de paixão e erotismo que, por serem tão sublimes (e divinos) nos séculos seguintes nem os editores mais caretas do Cânon ousaram retirá-los da lista das escrituras sagradas, junto com a Lei, as profecias, os salmos, a sabedoria e a história sagrada.(f0nte: http://antieditora.net/produto/manifesto-por-um-mundo-mais-lento/)